A Covid-19 impôs desafios sem precedentes à sociedade para o enfrentamento de seus efeitos globais: sanitários, sociais e econômicos. Nesse contexto, sob a coordenação e operacionalização do Instituto Votorantim, a holding e suas empresas investidas reafirmaram o compromisso com a cidadania em ações relacionadas à saúde nas comunidades das quais fazem parte e também com empregados e outros públicos, como fornecedores e clientes. No início de março, para tratar do tema, foram estabelecidos, nas empresas, grupos técnicos ou comitês de crise interdisciplinares que definiram de imediato a adoção de medidas internas de enfrentamento da pandemia, como instituição de trabalho remoto para os empregados dos escritórios corporativos; restrição de viagens e reuniões presenciais a trabalho; e estabelecimento de rígidos protocolos de segurança, com escalas de trabalho flexíveis e reforço das medidas de higiene nas operações.
Para além do escopo corporativo, em conjunto com as empresas investidas e com a família acionista, a Votorantim doou cerca de R$ 150 milhões para o desenvolvimento de mais de 400 iniciativas, que incluíram a aquisição e doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e hospitalares, manutenção de ventiladores pulmonares – em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) –, projetos de telemedicina para os municípios e mentoria para auxiliar as prefeituras no enfrentamento da pandemia. Para fechar o ciclo de apoio em meio à pandemia, o Instituto Votorantim anunciou, com recursos da Votorantim e do banco BV, sua participação na adequação das estruturas das fábricas de vacinas no Rio e Janeiro e São Paulo, que conferirão ao Brasil maior autonomia no abastecimento de vacinas da Covid-19.
Para definir a alocação dos recursos doados, foi desenvolvido um amplo trabalho de apoio aos municípios do Brasil, que começou com a identificação dos mais vulneráveis, a partir de critérios como população de faixa etária mais elevada, número de leitos hospitalares e estrutura da localidade. Foi, dessa maneira, criado, pelo Instituto Votorantim, o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), no intuito de mapear o cenário da pandemia pelo Brasil e disseminar as informações para serem utilizadas por toda a sociedade.
Outra frente de atuação foi o redirecionamento dos projetos sociais em execução nos municípios onde as empresas da Votorantim estão presentes para ações de combate ao coronavírus. Exemplo é o programa Apoio à Gestão Pública (AGP), desenvolvido há oito anos pelo Instituto Votorantim em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES). No ano, foi criada a ação AGP Corona, que atendeu a mais de 150 cidades brasileiras com até 350 mil habitantes e alto risco de vulnerabilidade à pandemia, oferecendo assessoria virtual para o enfrentamento adequado da crise.
Todas as iniciativas contaram com apoio técnico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, organização de referência médica. As ações incluíram suporte na definição e aquisição dos itens a serem doados, além da condução de webinars com especialistas da instituição sobre aspectos clínicos e epidemiológicos da doença. Saiba mais.
Dado o compromisso do Instituto Votorantim com a mensuração do resultado de suas ações, avaliações independentes têm sido conduzidas, desde setembro de 2020, para aferir o impacto alcançado com os projetos direcionados ao enfrentamento da pandemia. Os dados já analisados indicam um efeito significativo na redução de casos e óbitos relacionados à Covid-19. Até o primeiro dia útil de dezembro de 2020, considerando apenas as ações do programa de mentoria oferecido aos municípios, foram evitados 33,8 mil casos e 973 mortes no grupo avaliado, que conta com 144 municípios. Considerando o grupo de 188 municípios em que também houve a doação de EPI para as equipes de saúde, houve redução de 115 mil casos e cerca de 3,7 mil mortes relacionadas à Covid-19, considerando o mesmo período de análise. Estima-se que, apenas com custos evitados de internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), essas ações permitiram uma economia de mais de R$ 170 milhões aos cofres públicos. O Instituto Votorantim fará rodadas periódicas de avaliação de impacto de suas ações relacionadas à pandemia até 2022, aferindo resultados nos campos da saúde, educação e economia.
Considerando que a pandemia e seus efeitos permanecerão sendo um grande desafio social em 2021, o Instituto Votorantim manterá ações em municípios com foco no fortalecimento das políticas públicas de saúde, na aceleração da retomada econômica e na manutenção do equilíbrio fiscal.
Relacionamento da Votorantim com a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Antonio Pereira Ignacio, fundador da Votorantim e de nacionalidade portuguesa, iniciou, nos anos 20, o relacionamento entre a família acionista e a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo por meio de doações e atuação em cargos de direção. Após seu falecimento, José Ermírio de Moraes se tornou o primeiro não português a presidir a instituição. Durante sua gestão, em 1957, foi inaugurado o hospital, que possuía mais de 25 mil m² de área construída e 440 leitos, sendo considerado o maior e mais moderno hospital privado da América Latina à época. Em seguida, Antônio Ermírio de Moraes assumiu a presidência, no qual permaneceu por mais de 40 anos. Mário Ermírio de Moraes atuou como vice-presidente e Rubens Ermírio de Moraes se dedica à instituição como presidente do Conselho de Administração, totalizando assim, quatro gerações da família acionista envolvidas na da direção da BP, contribuindo para sua modernização, expansão e gestão.