Votorantim Energia
Receita líquida: R$ 3,6 bi
Ebitda ajustado: R$ 44 mi
Investimento social¹: R$ 7,7 mi
___Recursos próprios: R$ 5,4 mi
___Instituto Votorantim: R$ 2,3 mi
1Valor sob gestão do Instituto Votorantim. Não inclui recursos adicionais destinados a ações de combate à Covid-19.
Joint venture2:
Receita líquida: R$ 2,3 bi
Ebitda ajustado: R$ 1,2 bi
250% Votorantim Energia e 50% CPP Investments.
A Votorantim Energia posiciona-se como uma das principais empresas do setor elétrico brasileiro, com atuação nos segmentos de geração, comercialização e prestação de serviços de gestão de energia. Em geração, a joint venture com o CPP Investments, constituída em 2018, possui capacidade instalada de 2,2 GW por meio de 21 parques eólicos e do controle da CESP, empresa de capital aberto cujo valor de mercado era de R$ 9,4 bilhões no fim de 2020. Em comercialização, a empresa encerrou o ano com mais de 400 clientes, com o volume de venda no mercado livre de 2,0 GWm, consolidando-se como uma das três maiores comercializadoras de energia do País, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em serviços, a Votorantim Energia opera com 2,6 GW em usinas hidrelétricas e 21 parques eólicos espalhadas pelo Sul, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Dando continuidade a sua estratégia de crescimento, mesmo em meio a pandemia, a joint venture aprovou investimento de R$ 2 bilhões na construção dos complexos eólicos Ventos do Piauí II e Ventos do Piau III, que somam capacidade instalada de 409 MW, totalizando 2,6 GW. Com início das operações previsto para 2022, o projeto tem cerca de 60% da energia compromissada com a CBA e a Votorantim Cimentos, em modelo de autoprodução. Desde que foi adicionada ao portfólio da joint venture, a CESP passou por uma revisão de sua estrutura e de seus processos de gestão, com destaque para o saneamento de suas contingências ativas e passivas, para seguir na direção de ser uma das mais eficientes do setor elétrico.
No segmento de comercialização, em razão das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o consumo de energia elétrica em 2020 apresentou uma queda. Além disso, houve queda do preço do insumo no mercado spot (curto prazo) – por meio do qual as empresas liquidam energia excedente. Por outro lado, a companhia aproveitou oportunidades de mercado para gestão do seu balanço energético e renegociou contratos com parte dos clientes, flexibilizando os pagamentos para compensações posteriores. Em 2020, registrou 420 clientes ativos, excluindo as empresas investidas da Votorantim, um aumento de 6% comparado com o ano anterior.
No segmento de prestação de serviços de gestão de energia, o ano foi marcado pelo desenvolvimento de iniciativas com foco no ganho de agilidade em processos e ampliação de eficiência.
A joint venture, plataforma de geração, apresentou sólidos desempenhos operacional e financeiro. No ano, considerando os resultados da CESP, Ventos do Piauí I e Ventos do Araripe III, totalizou receita líquida de R$ 2,3 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 1,2 bilhão. Considerando os segmentos de comercialização e de gestão de energia bem como, por meio de equivalência patrimonial, a joint venture, os resultados consolidados foram: a receita líquida atingiu R$ 3,6 bilhões e o Ebitda ajustado, R$ 44 milhões.
Do ponto de vista ambiental, seguindo a certificação dos parques eólicos para emissão de créditos de carbono ocorrida no ano anterior, em 2020, foram comercializados cerca de 1,3 milhão de créditos, os quais representam essa mesma quantidade em toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) que deixaram de ser emitidas para a atmosfera.
Em relação à governança, a empresa promoveu uma avaliação de seus processos, baseada nas melhores práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que resultou em revisão dos fóruns internos e aprimoramento do sistema de gestão, com vistas a protagonizar as transformações da governança das empresas das quais participa.
Outro movimento que engloba a adesão da Votorantim Energia aos princípios ESG foi a definição do posicionamento em três objetivos principais: (i) conquista de certificados de energia limpa; (ii) identificação, por meio da integração em rankings e ratings, da reputação da companhia em relação ao tema; e (iii) emissão de títulos verdes. Em paralelo, a companhia passou a ser signatária do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU), comprometendo-se, assim, com suas iniciativas. Adicionalmente, lançou um programa de diversidade e inclusão que priorizou a capacitação de menores aprendizes e estagiários e a contratação de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Em inovação, a Votorantim Energia amadureceu seu processo de transformação digital, o que resultou em ganhos de produtividade, desenvolvimento de negócios e gestão mais eficiente de informações. Também obteve avanços no Programa Usinas Conectadas, que permite a gestão centralizada dos ativos e tem como objetivo interligar todas as usinas hidrelétricas e eólicas até 2021. Além disso, passou a fazer parte do Energy Future, hub de inovação do setor elétrico brasileiro que a auxiliará na prospecção de projetos, e no desenvolvimento, em parcerias com startups, universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento, de novos produtos, serviços e modelos de negócio.