Receita líquida: R$ 16,7 bi
Ebitda ajustado: R$ 3,8 bi
Investimento social¹: R$ 11,7 mi___
Recursos próprios: R$ 8,7 mi
___Instituto Votorantim: R$ 3 mi
1 Valor sob gestão do Instituto Votorantim. Não inclui recursos adicionais destinados a ações de combate à Covid-19.
Em 2020, a Votorantim Cimentos comprovou, mais uma vez, a sua capacidade de gestão e alavancagem operacional, enfrentando os desafios da pandemia da Covid-19 em todos os 11 países onde opera, mostrando a resiliência de um portfólio de ativos regionalmente diversificado. Ainda no ano, avançou na sua estratégia de descarbonização e de posicionamento na América do Norte.
Do ponto de vista dos negócios, as ações de contingência em relação aos impactos da pandemia tiveram como foco a saúde, o bem-estar e a segurança das pessoas, além da preservação do caixa e da saúde financeira da companhia, também traduzidas no adiamento circunstancial de alguns projetos de modernização. Outros, já em andamento, tiveram de ser temporariamente paralisados por fatores externos. Essas iniciativas postergadas voltaram a integrar o pipeline de investimentos de 2021, como é o caso do projeto de expansão da unidade de Pecém, no Ceará, que já teve as obras retomadas.
Na visão consolidada, a receita líquida da Votorantim Cimentos atingiu R$ 16,7 bilhões e o Ebitda ajustado foi de R$ 3,8 bilhões, avanço de 29% e 43%, respectivamente, em relação ao ano anterior. O Brasil teve impacto positivo no resultado, o qual foi impulsionado pelo cenário de redução da taxa de juros; pelo auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal e seu uso na compra direta de insumos de construção, incluindo cimento; bem como pelo aquecimento do setor imobiliário e pela maior demanda do segmento de autoconstrução. No País, também foram mantidas as estratégias de expansão de negócios adjacentes, como a Viter, unidade de insumos agrícolas, a Verdera, focada em gestão de resíduos e coprocessamento, e a plataforma digital do Juntos Somos +. Nos Estados Unidos e no Canadá, o setor cimenteiro manteve dinâmica estável, com ligeira recuperação no fim do ano por conta da reabertura econômica após o primeiro impacto das restrições da pandemia. O mesmo ocorreu nas regiões da Europa, da Ásia e da África cujas operações foram as mais afetadas pelas medidas de distanciamento social promovidas pelos governos locais.
No ano, a Votorantim Cimentos evoluiu em suas agendas estratégicas. Uma das principais iniciativas foi a publicação dos “Compromissos Globais de Sustentabilidade para 2030”, que buscam alinhar as operações às demandas da sociedade e do mercado. O documento estabelece metas específicas e direcionamento de ações para os próximos dez anos em torno de sete pilares: Saúde, Segurança e Bem-Estar; Ética e Integridade; Diversidade e Inclusão; Inovação; Impacto Ambiental; Economia Circular e Comunidades; e Valor Compartilhado. Nesse contexto, destacam-se as metas de reduzir para 520 kg a emissão de CO2 por tonelada de cimento até 2030, o que representaria uma redução de 12% em relação a 2019, e o compromisso para a implementação de tecnologias que permitam entregar para a sociedade, até 2050, um concreto com emissão neutra de carbono. O assunto sempre foi tratado de forma prioritária pela empresa, que está atuando em toda a sua cadeia de valor e com demais stakeholders de forma que o setor consiga reduzir suas emissões de carbono de acordo com os compromissos da agenda climática global.
Em novembro, a companhia anunciou a expansão da Cementos Artigas, no Uruguai, operação da qual é sócia juntamente com a Cementos Molins e que resultará em ganhos de eficiência industrial, competitividade de custo e sustentabilidade, além de reduzir o consumo de energia elétrica.
Em dezembro, foi aprovado um projeto conjunto com a Votorantim Energia para a construção de parques eólicos com capacidade de 220 MW, que entram em operação em 2023 e dos quais a Votorantim Cimentos comprará 25% da energia gerada. Com esse investimento, a participação de energia elétrica de fontes renováveis nas operações do Brasil será elevada de 35% para 56%.
Ainda em dezembro, a companhia anunciou a combinação das suas operações na América do Norte com a McInnis Cement, resultando em uma sociedade entre a Votorantim Cimentos e a Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), com sede no Canadá. Após o cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação por autoridades regulatórias no Brasil, nos Estados Unidos e no Canadá, a Votorantim Cimentos deterá 83% de participação nessa sociedade. A transação representa um aumento na agilidade e eficiência na capacidade de fornecimento de cimento, por meio da expansão da produção em 2,2 milhões de toneladas por ano e combinando as redes de distribuição das empresas, principalmente no Leste do Canadá, na região dos Grandes Lagos e na costa Nordeste dos Estados Unidos. O negócio está alinhado à estratégia de gestão de portfólio da Votorantim Cimentos, priorizando investimentos em mercados de moeda forte em que já atua, com perspectiva de crescimento e de otimização de sua exposição em mercados maduros e emergentes, mantendo uma estrutura de capital adequada.